senhoras e lá se foi a sala pigarreando pelo corredor.
D. Elisa desabafou depois com a amiga as suas queixas domésticas. O marido esgotava os minguados recursos em livros e revistas. O que lhe valia era o filho mais velho, o José... A neta andava na Escola Normal e ganhava para os seus alfinetes; as duas filhas solteiras, já trintonas, coitadas, cosiam para fora... Aí estava a vida. E é assim, por aí; toda a gente trabalha; acrescentou ela com um suspiro.
Quando D. Joana e a sobrinha voltaram para o Castelo, quem lhes abriu a porta de casa foi a Sancha. Ruth recuou espantada. Que! pois a idiota da negrinha não ouvira o seu conselho?
Ao jantar, uma tristeza. D. Itelvina aludia com escárnio mal contido às grandezas do palacete Teodoro, e lamentava-se de só poder abastecer-se de gêneros baratos, espremendo-se em lamúrias. D. Joana benzeu o pão, rezou de mãos postas, e sentou-se à mesa com a sua consciência feliz, e uma doce expressão de conforto. Para ela tudo era bom, estava tudo sempre muito bem.
Foi nessa noite que Ruth subiu com ela as escadas do Observatório, para ver estrelas; e quando as viu, a sua comoção foi tamanha