O pai nem sorriu, afastou-as com brandura e disse:
— Vão tomar o seu banho.
— Eu quero passear com o senhor.
— Eu também quero...
— Não façam esperar a Noca. Vão tomar o seu banho. Logo...
As crianças começaram então a desafiar a paciência da mulata, em correrias e negaças. Francisco Teodoro seguiu sozinho para o fundo da chácara. E por ali andou calado, sem atender aos cumprimentos dos empregados que passavam por ele.
Sentia-se opresso, como se carregasse nos ombros um fardo muito pesado. Era a primeira vez que atentava na pequena duração da mocidade: a falta da energia dos outros tempos doía-lhe na alma.
E as cigarras cantavam; felizes, as cigarras, que só têm vida para isso...
A Nina foi ter com ele.
— O senhor anda muito madrugador... Quer almoçar? Está tudo pronto.
Ele puxou pelo relógio.
— Sim, posso ir, são quase nove horas...
Entraram. As pequenas puseram-se aos lados do pai, que lhes metia na boca bocadinhos de pão com ovo.