de convicção inabaláveis. Criara todos os filhos de Mila, desde o Mário até a Biju, a pequena mais nova, já morta.
Quando ela descia o morro, as crianças queixaram-se de fome e confessaram que não queriam voltar a visitar aquelas tias, que não lhes davam nada. Nem um bocadinho de pão!
Na praça do Castelo, Noca, com pena, entrou numa quitanda, posta de nova, brilhando ainda nas tigelas lavadas e no barro das panelas e das moringas à venda, e comprou frutas para as duas meninas.
Portuguesas, de saias curtas e grandes arrecadas de ouro, iam e vinham, parando umas à porta, com pimpolhos ao colo, e outras falando alto, para dentro. A dona do negócio respondia a todos, conversando em ar de mexerico disfarçado, com a mulata, a quem via pela primeira vez.
— A senhora vem morar por aqui?
— Não; vim fazer uma visita.
— A quem, inda que mal pergunte?
— As senhoras Rodrigues; conhece?
— As duas velhotas da travessa de S. Sebastião?
— Essas mesmo.
— Não conheço outra coisa!... E depois de uma pausa, em que procurou conter-se, abalou a falar