Roberto bem via que jamais lhe seria possível extirpar do coração de seu irmão a fatal paixão que lhe inspirará a fada dos mares, e, portanto, longe de procurar dissipá-la com ponderações e conselhos sempre inúteis e descabidos em tais circunstâncias, julgou mais acertado empenhá-lo a prosseguir com novos esforços a conquista da cobiçada beleza; em seu orgulho e altivez de fidalgo pensava ser isso não só possível, como até de suma facilidade. Vendo seu irmão em risco de esquecer seus compromissos e faltar a um juramento sagrado, sentia cruéis angústias e inquietações.
— Uma paixão desgraçada e sem esperanças — pensava ele com muita razão — nos acabrunha e aniquila, nos inutiliza para tudo; mas um amor feliz e retribuído, quando não se extingue,