244 Ib. 484, 485, 491, 498, 507.
245 Ib. 499, 501 e 510.
246 Ib. 503.
247 Ib. 483.
248 Ib. 481, 482, 514, 517, 520, 521 e 522. Além do Cancioneiro de Caminha, destinado a D. Francisca de Aragão, resta um Cancioneiro mixto que foi de D. Cecilia de Portugal.
249 Montemór dedicou homenagens não só ás Princesas mas tambem a duas damas da familia dos Manueis (D. Leonor e D. Maria); e a algumas da familia de Aragão (D. Francisca, D. Anna, D. Maria, D. Magdalena).
250 Caminha N.° 360: Quando a Rainha se queria ir para Castela, com trovas á Senhora D. Ana de Aragão, D. Catherina d'Eça, D. Leonor Anriquez, D. Violante de Noronha, D. Madalena d'Alcaçova, D. Joana de Castro, D. Ana d'Athaide, D. Maria de Noronha, D. Francisca de Aragão.
250b Caminha N.° 301.
251 Ib. N.° 338, conforme já deixei exarado na Nota 227.
252 Ib. N.° 339.
353 Digo: fingiu de repentista porque, se a pequena scena não fôr de pura phantasia, como suspeito, a dama-inspiradora e o cavalleiro-trovador reproduziram livremente versos alheios, pre-existentes. Já dei a prova d'isso em outra parte (Revista Española de Litteratura, Historia y Arte, vol. I p. 227), artigo de que não me foram enviadas provas e que por isso sahiu um horror e uma vergonha, obrigando-me a publicá-lo novamente no Annuario da Sociedade Nacional Camoniana.
Aqui bastará o treslado do original, i. é da 4.a estrophe de uma composição afamada, escripta cerca de 1460 pelo fidalgo castelhano Juan Alvarez Gato d un romero tollido que iba a pedir limosna en cas de una señora a quien el servia, e principia:
Tu, pobrecico romero,
que vas a ver á mi Dios
(ou tambem:
á quien tu pides por Dios).
Eis a estrophe, talqual se acha impressa no Cancioneiro General (N.o 246 da ed. dos Bibliofilos Españoles):
Tiene altas condiciones
de divina gracia llenas;
son tan bellas sus facciones
que sanaron mis pasiones
y me dieron nueva[s] pena[s].
y aslo d'entender así:
yo vivia enamorado
y en el punto en que la vi
tanto suyo me senti
que olvidé y desconosci
todas cuantas he mirado.
Exemplo typico e muito curioso da arte de improvisar, não é verdade?
254 Para não injuriar o leitor, dando ao mesmo tempo prova de pedantismo, supprimo as referencias ao logar onde é que se acham impressos os versos de Camões.
255 Abrindo à toa o volume das Redondilhas de Camões, «maravilhosas» no dizer do grande Lope de Vega, encontramos a cada passo versos dirigidos a damas sem nome: Carta a uma dama — A uma dama doente — A uma dama vestida de dó — A uma senhora que estava resando — A uma senhora que lhe mandou pedir obras suns — A uma dama que lhe virou o rosto — A uma que lhe deu uma penna, etc., etc. Quasi todas são decididamente palacianas e pertencem ao curto periodo aulico do poeta. Outras, bem diversas, levianas e estouvadas, de linguagem menos culta, foram, parece, escriptas quando, depois da grande crise da sua vida, banido do paço, procurava aturdir as magoas do coração, embriagando-se sensualmente em amores faceis.
256 Caminha, N.° 513.
257 Sá de Miranda, N.° 51 e 52: Ás Damas, estando ahi dona Lianor Mascarenhas. Cf. Nota 31.
258 «La señora D. Maria de Portugal que igualó en lo mas la virtud y el entendimiento — que solo es discreta quien es santa — excelentissimamente dixo: Se soubera etc.» — Arte de Galanteria p. 30. — Como se vê, é numa mesma oração que D. Francisco de Portugal nos transmittiu sentenciosa formula do ideal feminino dos Portugueses e a anecdota relativa á Infanta erudita.
259 Memorias Ineditas de Frei João de S. Joseph p. 55.96