sibilidade intensa de alma que aproxima o amor português (não meramente sensual e de cabeça, como costuma ser o da raça latina, mas profundo e de coração) ao dos slavos e germanos, embora com mais freqüencia resulte funesto.
Amor de perdição, e não de salvação.
Páro aqui. A indole amorosa dos portugueses não é assumpto d'estas paginas. Nem é da Infanta namorada (potencia incognita, se existiu), é de uma victima da politica, que vou tratar, de uma princesa que procurou e encontrou o seu consolo nas letras. Incidentalmente direi alguma cousa das suas principaes companheiras e mestras de estudo Joanna Vaz, Luisa e Angela Sigea ― as mais conhecidas entre as eruditas que cercavam a Infanta.[1]
Hortensia de Castro não pertence directamente ao circulo palaciano.[2] Vivendo longe de Lisboa na capital alemtejana e em Villaviçosa, apresenta aspecto menos cortesão e mais academico. Pelo saber classico é todavia irmã gemea das que brilhavam no paço real e no da Infanta.
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