parecia mais compassivo e mais atencioso para com ela. Ia vê-la, dava-lhe notícias dos seus pobres, encarregava-se de a estes levar socorros em seu nome e, quando orava, pedia a Deus que poupasse à mísera os dissabores que ainda lhe reservava.
Foi naquela célebre noite da tempestade, em que Salomé o esperava com impaciência, que a viúva deu à luz o filho.
Ângelo veio então da casa dela, supondo-a livre de perigo; mas agora, justamente nos últimos dias em que o pároco era vítima dos sonhos com Alzira, a parturiente fora acometida de febre e achava-se em risco de vida.
O fato, logo que transpirou, tornou-se escandaloso. Não se falou noutra cousa em Monteli durante esses dias.
A viúva, depois de uma noite de delírio, em que repetia sem cessar o nome do presbítero, faleceu nos braços deste.
Outros padres estavam presentes e cochichavam à socapa, felizes por terem afinal descoberto bom pasto para a sua campanha de difamação. Ângelo, de todo desprevenido contra o mal que pudessem julgar dele, dava ampla expansão às lágrimas que a morta lhe merecia e rezava de joelhos ao lado do cadáver.
Depois do enterro, o presbítero pensou no pequenito, que assim tão tristemente se orfanava logo ao entrar
no mundo, e resolveu, visto que a falecida