tobiográficos — referiu, clara e directamente, a história do seu primeiro casamento.
Mas eu surpreendi, em algumas das suas obras, insistentes impressões que êle guardára desde Friúme e que propositadamente desfigurava quanto às personagens principalmente. Camilo contou, sem nenhum disfarce, os seus idílios amorosos com duas camponesas da Samardan.
Luisa, donairosa «flôr dentre as fragas»,[1] e Maria do Adro, a triste e pálida aldea.[2]
¿Então por que se obstinaria em ocultar, ou renegar, o seu consórcio com outra camponesa ?
Por isso mesmo que a desposou, fazendo um casamento obscuro, cuja confissão pareceria desairosa às suas tendências aristocráticas, à sua culminância literária e evidência social, que depois tão justificadamente conquistou.
Não se esquivára Camilo a comemorar públicamente os galanteios serranos, que não tinham chegado a criar uma situação doméstica, a estabelecer laços de família, a autorizar a vida em comum que o casamento sanciona.
Mas dir-se-ia envergonhado da afeição que o le-