Mas quieto, de cara pacifica, sem mostra nenhuma de animo agressivo. Olhava para a casa com toda a atenção, como se entendesse de arquitetura rural — isto é, de arquitetura de casas de campo. Depois, mansamente, dirigiu-se á porteira e lá deitou-se de atravessado.
— Pronto! exclamou Narizinho. Atravessou-se na porteira e quero ver agora quem entra ou sái. Estamos bloqueados...
A aflição de dona Benta aumentou. Viu que de fato estavam com a saída do sitio bloqueada por aquele monstruoso animal, que parecia não ter a minima intenção de afastar-se dali.
Nesse momento viram um grupo de homens que se aproximava.
— São eles! gritou Cléo. São os homens da policia secreta que receberam o nosso telegrama. Secretas a gente conhece de longe!...
E eram. Era o famoso grupo dos “Caçadores do Rinoceronte”, que se formara logo em seguida á fuga do misterioso paquiderme e que vinha percorrendo o país inteiro em sua procura. Comandava-os o espertissimo detective X B2, que tinha lido todos os fasciculos das Aventuras de Sherlok Holmes que existem nas livrarias. Esses homens traziam consigo numerosas armas e armadilhas proprias para caçar rinocerontes — mundéus desmontaveis, ratoeiras de gigantescas proporções, correntes de aço, um canhão-revolver e uma metralhadora. A unica coisa que não traziam era intenção real de apanhar o monstro.
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