— Felizmente também salvou-se por um milagre!... acrescentou o pescador.

— Pois, Esteves, careço de saber hoje mesmo com segurança em qual dos cárceres do castelo puseram Estácio, e se é possível fazer chegar-lhe às mãos um papel! Lembrei-me de vós para isso, por saber quanto lhe sois dedicado!...

— Fazei de mim, senhor meu, como for de vosso contento e agrado, desde que é para bem dele!

— Despejai a vossa canoa, enquanto vos eu explico!...

Uma vozinha flautada soou pela nuca do advogado.

— Se é para saber onde está o cavalheiro, não é preciso!...

— Olé! o Gil?... Onde estavas, rapaz?

— Ah! brejeiro, que me lograste!... disse o advogado reconhecendo o pajem. Mas que dizes tu?... Sabes onde está ele?...

— Não soubera! acudiu Gil vaidoso. Se eu não descansei enquanto não consegui. Em antes de ontem quando o prenderam, vim seguindo para ver onde o levavam. Do mar ele me mostrou o castelo; e então corri de um fôlego só de lá