Catarina Alves é um dos nomes a que se ligam as mais romanescas tradições brasileiras.
Filha do principal (moru bixaba) de uma aldeia de tupinambás, mereceu pela sua beleza e qualidades a preferência do famigerado Diogo Álvares entre as mais distintas indianas de seu tempo. As águas do batismo, a regeneração da culpa original, e a Igreja reconheceu-a depois por esposa daquele a quem ela votara o mais puro amor, legitimando assim a sua união conjugal.
Diogo Álvares, natural de Viana do Minho em Portugal, foi arrojado às praias do Brasil vítima do naufrágio de uma caravela que se presume ter-se perdido sobre os parcéis de Mairapé, o caminho do estrangeiro, na linguagem poética de seus antigos habitantes.
Ali, ainda com os vestidos úmidos e pesados, curvou-se sobre as praias encantadoras; seus olhos se alçaram para os céus; e a invocação de Salvador, que dirigiu à Divindade, deu nome a magnífica baía que desdobrava-se a seus olhares.
Corria então o ano de 1510 e aquelas paragens eram mal visitadas dos europeus; e pois os tupinambás o viram com admiração sair do mar, com uma fisionomia completamente estranha para eles não só pela