sua dignidade d’europeu não ceder o passo ao mais velho e nobre scheik, senhor de dez tribus e descendente do propheta; e o mais insignificante empregado dos telegraphos, leitor do Figaro, não nutriria senão desdem pelos sabios doutores da Universidade d’El-Azhar, que não vão ao café ler o Figaro, e pouco sabem de telegraphia.
Mas este absurdo desprezo por uma nobre raça, a quem a civilisação tanto deve, não se manifestava só entre os europeus de Alexandria, colonia de alluvião, formada pelos detritos das populações do Mediterraneo: não ouvimos nós ainda ha dias o proprio snr. Gambetta declarar das alturas da tribuna da camara franceza, esse Sinai da burguezia, que o povo egypcio só podia ser governado a chicote?...
A complicada abundancia da nossa civilisação material, as nossas machinas, os nossos telephones, a nossa luz electrica, tem-nos tornado intoleravelmente pedantes: estamos promptos a declarar desprezivel uma raça, desde que ella não sabe fabricar pianos de Erard; e se ha algures um povo que não possua como nós o talento de compor operas comicas, consideramol-o ipso-facto votado para sempre á escravidão...
Por outro lado, os egypcios olhavam para o europeu como para a ultima e mais terrivel praga do