a extrahir-lhes os proventos, na phrase judiciosa do Times, d’esses detalhes miseraveis não cura o pretor, nem os netos de Affonso de Albuquerque!... Mas prossegue o Times: «O imperio colonial de Portugal talvez tenha sido outr’ora caracterisado por desfortuna — quasi nunca por estagnação.» Talvez é bom: com o imperio do Oriente no nosso passado, que é um dos mais feios monumentos de ignominia de todas as edades... Continuemos.
«Da origem d’onde o Brazil deriva a sua actividade, deriva tambem (o que não é menos importante) o respeito pela opinião da Europa. O vadio das ruas de Lima, de Caracas ou de Buenos-Ayres nutre um soberano desprezo pelos juizos que a Europa possa formar das suas tragi-comedias politicas... Não tem consciencia de cousa alguma, a não ser do seu sangue castelhano... Sente decerto o inconveniente de ser expulso do credito e das bolsas da Europa... Mas avalia esta circumstancia apenas pelos embaraços momentaneos que ella lhe traz. O financeiro brazileiro, porem, esse presta uma tão respeitosa attenção ao temperamento das bolsas de Pariz e Londres, como ao da mesma praça do Rio de Janeiro...»
O Times vê n’este symptoma a consideração que o Brazil tem pela opinião da Europa.
Mas, onde o Times se engana é quando pretende