ao encontro de Amâncio. — Bravo! Assim é que entendo os amigos! Não te perdoaria se faltasses!

E com muita festa, a apressá-lo:

— Vem entrando para a sala de jantar! Estás em tua casa! Entra! Entra!

Amâncio deixava-se conduzir, em silêncio. Já não tinha o mesmo tipo mal ajeitado com que se apresentara ao Campos; agora, um terno de casimira cinzenta, comprado nessa mesma manhã a um alfaiate da Rua do Ouvidor, dava-lhe ares domingueiros de janotismo. Vinha de barba feita, as unhas limpas, os dentes cintilantes, o cabelo dividido ao meio, formando sobre a testa duas grandes pastas lustrosas e do feitio de uma borboleta de asas abertas. Os olhos não denunciavam os incômodos da véspera, e de todo ele respirava um cheiro ativo de sândalo.

— Estimei bem que me escrevesses... disse atravessando o corredor, ao lado do Coqueiro. Não tinha para onde ir hoje. Campos está de passeio com a família lá para o tal Jardim Botânico.

— Pois eu estimei ainda mais que viesses. Entra!

Penetraram na sala de jantar. Estava tudo muito bem arrumado e muito limpo; não se podia desejar melhor aspecto de felicidade caseira; em tudo — a mesma aparência austera e calma de uma velha paz inquebrantável e honesta. Mme. Brizard, assentada à cabeceira da mesa, parecia ler atentamente um livro que tinha aberto defronte dos olhos; mais adiante trabalhava Amelinha em uma máquina de costura, a cabeça vergada, os olhos baixos, numa expressão tranquila de inocência.

Logo que Amâncio apareceu na varanda, Mme. Brizard desviou os olhos do livro, deixou cair as lunetas do nariz e foi recebê-lo solicitamente; a outra limitou-se a cumprimentá-lo