— Vês?!... exclamou Coqueiro, parando em meio do pequeno quadrado de velhos tijolos. E, depois com as pernas abertas e um braço estendido:
— Creio que não se pode desejar melhor!
Desceram, em seguida, para visitar o banheiro, o tanque, o repuxo e outras comodidades que havia no quintal, e a cada uma dessas coisas — novas exclamações e novos elogios.
Subiram outra vez ao primeiro andar, pela cozinha. Um preto, de avental e boné de linho branco, à moda dos cozinheiros franceses, trabalhava ao fogão. Coqueiro exigiu que o amigo olhasse para aquele asseio; atentasse para a nitidez das caçarolas de metal areado, para a limpeza das panelas, para a fartura de água na pia.
— A Madame, dizia ele a rir-se, com ar interessado de quem deseja convencer — a Madame traz isto num brinco! Pode-se comer no chão!
E continuaram a revista da casa. Amâncio, porém, ia distraído, tinha a cabeça cheia de Amélia.
— Que dentes! pensava — e que cintura! que olhos!...
— É excelente! segredou-lhe Coqueiro, pondo mistério na voz. — Um serviço admirável!
— Hein?! exclamou o provinciano, voltando-se rapidamente para o colega.
— Cozinheiros daquela ordem encontram-se poucos no Rio! respondeu este ainda em segredo.
— Ah! o cozinheiro... disse Amâncio.
— Divino! acrescentou o outro.
E, mudando logo de tom:
— Cá está a despensa. Compramos tudo em porção do mais caro, mas também podes ver a fazenda! Tudo de primeira! Ah! Eu cá sou assim — mostro! Meus hóspedes não podem se queixar!
E destapava vivamente a lata das farinhas e dos feijões, mostrava