todas as manhãs a passeio para as bandas da Tijuca.
A porta do n.º 8 estava aberta e Amâncio viu, de relance, a cauda de uma saia que fugia para o interior do quarto. E logo uma voz aflautada, de mulher, gritou:
— Cora! Fecha essa porta!
— É uma tal Lúcia Pereira... segredou Coqueiro — mora aí com o marido, um tipo!
Estavam na casa há muito pouco tempo. Coqueiro não podia dizer ainda que tais seriam, porque só formava o seu juízo depois de paga a primeira conta.
O n.º 9 era do Melinho — uma pérola! Empregado na Caixa de Amortização; não comia em casa, mas, às vezes, trazia frutas cristalizadas para Mme. Brizard e Amelinha. Belo moço!
Coqueiro não se lembrava como era ao certo o nome do sujeito que ocupava o n.º 10: "Lamentosa ou Latembrosa, uma coisa por aí assim!" Ele tinha o nome escrito lá embaixo. — Mas que homem fino! delicadíssimo! um verdadeiro gentleman! E tocava violão com muito talento.
O n.º 11, que ficava justamente encostado à janela do corredor, pertencia a um excelente médico, Dr. Correia; estava, porém, quase sempre fechado, visto que o doutor só se utilizava do quarto para certos trabalhos e certos estudos, que, por causa das crianças, não podia fazer em casa da família. Vinha às vezes com frequência e às vezes não aparecia durante um mês inteiro; mas pagava sempre, e bem.
Esse quarto, como o outro que ficava na extremidade oposta do corredor, tinha saída para a chácara.
Amâncio propôs a Coqueiro que descessem por aí.
— De sorte que, foi-lhe dizendo este pela escada — à mesa só temos diariamente os seguintes: Dr. Tavares,