Coqueiro prometeu fazer-lhe a vontade e retirou-se com o amigo.

Quase nada conversaram pelo caminho. Amâncio parecia aflito por se meter na cama; uma vez, porém, recolhido ao seu novo quartinho do segundo andar, não sentia a menor disposição para dormir.

A circunstância de saber que Lúcia estava ali tão perto, a quatro ou cinco passos, mas inteiramente fora do seu alcance, o indispunha como se fosse uma pirraça levantada com o fim único de o afligir.

Não resistiu ao desejo de ir, como da outra vez, espreitar pela fechadura do quarto em que ela morava, e encaminhou-se sorrateiramente para o n.º 8. Nesta tentativa, porém, foi ainda mais infeliz do que da primeira, porque a janela do corredor ficara aberta, e Amâncio principiou a espirrar, constipado.

O doente do n.º 7 tossia, de vez em quando.

Amâncio voltou ao quarto, muito aborrecido. Abriu um livro, mas repeliu-o logo, com tédio. Lembrou-se de fazer café. (Na véspera comprara uma maquinazinha e os apetrechos necessários para isso.) — O melhor, porém, seria tomar o café depois de um banho. Deu lume à máquina e desceu ao primeiro andar, já despido e rebuçado no lençol.

Queria passar pelo quarto da mucama, que ele agora sabia ao certo onde era; mas, na ocasião em que entrava na sala de jantar, deteve-se cautelosamente com a presença de um vulto que acabava de aparecer do lado oposto. A custo reconheceu Coqueiro; do lugar onde se achava podia observar sem ser visto. O dono da casa atravessou pé ante pé a varanda e, encaminhando-se