frascos de bacuris em calda, muricis, cajus cristalizados e buritis em massa para refresco. Amâncio, logo que o colega voltou com o presente, fez acondicionar tudo sobre a mesa, defronte de sua cama.

Nesse instante, Mme. Brizard e Amelinha invadiam-lhe o quarto, ávidas de informações.

— Que tinha o Sr. Vasconcelos? — Que sentia? Como lhe aparecera a febre?

E a francesa, depois de consultar o pulso ao rapaz, afiançou que aquilo não valia nada. Ele que tomasse um suadouro, que se deixasse ficar na cama e havia de ver que no dia seguinte estava pronto.

Lambertosa, chegando logo em seguida, pediu ao doente que aceitasse uma dose de acônito e deixasse o resto por sua conta.

Mas a febre recrudesceu depois do almoço. Amâncio queixava-se de dores na cabeça, na espinha e nos quadris.

— Tudo isso é ar! afirmou o gentleman autoritariamente. — Acônito! Dê-lhe com o acônito!

Foi Amelinha a encarregada de ministrar ao doente, de hora em hora, uma colher de remédio.

Mme. Brizard falou muito da inconstância do clima do Rio de Janeiro, das precauções que se deviam tomar contra as umidades; do risco que havia em comer certas frutas e, afinal, retirou-se, tendo apalpado ainda uma vez o pulso e a testa do hóspede.

Amelinha revelava-se extremamente solícita. Andava no bico dos pés, a borboletar pelo quarto, arrumando os livros sobre a mesa, apanhando a roupa espalhada pelo chão, acudindo a qualquer movimento do estudante, que dormia entanguecido debaixo dos lençóis.

Ele, coitado, parecia cada vez pior. Ardiam-lhe os olhos desabridamente; o hálito queimava; não podia suportar