de demorar-se mais tempo na rua! Raios o partissem, diabo!

Melinho, a pérola do n.º 9, também não aparecera; e Piloto, ao saber, ainda na porta da rua, que havia um bexigoso no segundo andar, fez um careta, benzeu-se comicamente, e desgalgou pelo mesmo caminho que trazia, afetando trejeitos exagerados de medo. O guarda-livros é que bem pouco se incomodou com a notícia; tinha lá o seu gabinete ao lado da sala de visitas, e aí com certeza não chegariam as miasmas.

Estava em cima Coqueiro a discutir com a família sobre quem devia acompanhar o enfermo durante o resto da noite, quando entrou Paula Mendes, estranhamente alegre, a cantar em voz alta. O dono da casa correu logo ao seu encontro e lhe pediu que não fizesse bulha. — O hóspede do n.º 6 estava de cama!

Mendes respondeu com descostumada grosseria, arrastando a voz. Catarina ao vê-lo naquele estado, fechou bruscamente a porta do quarto, que nesse mesmo instante havia aberto, e gritou-lhe de dentro: "Que fosse cozinhar para longe a bebedeira! Que voltasse para onde se tinha emborrachado! Era só também o que faltava — que, além de tudo, tivesse de aturar bêbados! Estavam bem servidos!"

E todos, com grande espanto, se convenceram de que efetivamente Paula Mendes vinha ébrio, logo que o viram principiar a bater, como um possesso, na porta do quarto, berrando pela mulher, sem se poder aguentar nas pernas.

— Pois senhores, disse Mme. Brizard, que acudira com barulho — estou pasma! Desde que o rabequista mora aqui é a primeira vez que o vejo assim!...

— Naturalmente isto foi coisa que lhe fizeram... opinou