trabalho; janelas para o nascente e para o ocaso, despejando sobre o jardim.

Embaixo, então, era a sala de visitas, a de jantar e mais quatro cômodos, sem meter os quartos da criadagem, a cozinha, a despensa e o banheiro. Num daqueles cômodos ficou João Coqueiro com a mulher; no outro Amelinha; no outro o guarda-livros, e Dr. Tavares no último.

A respeito da mobília, só se carregou da Rua do Resende a que era de todo indispensável. Não se vendeu sequer um objeto; o casarão renderia muito mais com os trastes e, além disso. Mme. Brizard contava, mais dia, menos dia, reabilitar a sua antiga e afamada casa de pensão. — Porque, dizia ela — era impossível que as coisas não voltassem ao estado primitivo!...

Coqueiro é que parecia, como nunca, satisfeito de sua vida. Cuidava da nova casa com muito interesse; falava em melhoramentos e aconselhava a Amâncio a que comprasse uma mobiliazinha catita para ver como "ficava então naquele sótão melhor que um príncipe no seu castelo".

A casa, de fato, convidava às fantasias do gosto, porque era perfeitamente nova e bem-feita; o papel das paredes estava imaculado, o chão limpo e os tetos virgens ainda de moscaria.

Amâncio experimentou rápidas melhoras; quis logo descer à cidade, mas Coqueiro não lhe permitiu ir só.

Aproveitaram o passeio para comprar a mobília. O provinciano recebera nesse mês dinheiro do Norte e retirara mais algum da casa de Campos; João Coqueiro levou-o a uma loja de trastes e escolheu ele próprio o que podia convir ao outro; isto é, uma cômoda, um lavatório, uma boa cama de casados, uma secretária,