e os reviretes do costume; houve palavras duras de parte a parte e, afinal, como estabelecido imposto de reconciliação, ficou assentado que Amâncio arranjaria mobília nova para o chalezinho das Laranjeiras.

E o rapaz lá foi comprar os trastes.

Dois dias depois, realizava-se a terceira mudança. Dr. Tavares, o último hóspede da famigerada Mme. Brizard, pagou a sua última conta e recebeu da francesa um abraço de despedida.

— Ah! suspirou ela. — Até que enfim se podia descansar um pouco! Já não era sem tempo!

O chalezinho de Amélia ficou muito catita: parecia um ninho de noivos. Estava a pedir lua-de-mel!

A cachorra da pequena tinha gosto. Exigiu tapetes, espelhos, cortinas de chita indiana para a sala de jantar, cortinas de renda para a sala de visitas; quis moldura dourada nos quadros, estatuetas pelas paredes; não dispensou nos aparadores e nos consolos jarras de porcelana das mais à moda; jardineiras aqui e ali, vasos caprichosos com begônias e tinhorões sobre a mesa de jantar; cestinhas artísticas, com parasitas, para dependurar nas janelas; e ainda fez substituir na cozinha, nos arranjos da comida e no arranjo dos quartos, tudo aquilo que lhe parecia em condições de reforma.

E só com essas coisas e só com a satisfação de tanta exigência é que Amâncio conseguia paliar as revoltas da amante. O desgraçado já não tinha ânimo de contratariá-la, porque bem conhecia o preço das resingas e, sem achar meio de reagir, via claramente que as reconciliações se tornavam mais caras de dia para dia.



Entretanto, depois da mudança, o amor dos dois tomou um caráter mais digno e decente. Já não era