de suas correrias, apaixonam-se pelas mesmas esposas, a quem dantes só se chegavam por obrigação!

E a francesa velha, saboreando o silêncio que cavara no adversário, concluiu depois de tomar fôlego:

— O rapaz quer, por graça, dar cabeçadas?... Pois deixa-as dar! Que ele, quando partir a cabeça, há de fazer justiça à tua irmã. Este fato da mulher de Campos, crê tu, foi uma providência, foi um atalho que se abriu nos teus planos!



E o fato é que Coqueiro acabou por concordar com a mulher. "Amélia, desde que se convertesse numa necessidade para a vida de Amâncio, este, com certeza seria o mais interessado em fazer dela sua esposa; por conseguinte, agora o que convinha era que a rapariga também ajudasse de sua parte, empregando todo o jeito e boa vontade de que pudesse dispor: devia mostrar-se cordata, simples nos seus gostos, bem arranjadinha, amiga do asseio, honesta, digna, enfim, de um marido!"

E dominado por esta idéia, aconselhou logo à irmã que se fizesse meiga com o "noivo", dócil, boa companheira e fiel principalmente, fiel quanto possível, que todo o futuro dela, bom ou mau, só disso dependia!

Mas a rapariga, com uma pontinha de desânimo, contrapunha-lhe o feio procedimento de Amâncio para com ela naqueles últimos tempos. Apontou as cenas de altercação que mais a humilharam; disse as frases grosseiras que ouvira do amante, as ameaças que recebera, as palavras que lhe escaparam, a ele, na febre das contendas; palavras, onde se enxergavam claramente o fastio e a má vontade!

— Não faças caso! discreteou o irmão. — Isto não vale nada!... fecha por enquanto os olhos a todas essas