se desabotoa, ávida de fecundação, fazia qualquer pergunta, respondiam-lhe com um berro: "Não seja bisbilhoteiro, menino!"

Amâncio emudecia e abaixava os olhos, mas logo que o perdiam de vista, ia escutar e espreitar pelas portas.

Com semelhante esterco não podia desabrochar melhor no seu temperamento o leite, que lhe deu a mamar uma preta da casa.

Diziam que era uma excelente escrava: tinha muito boas maneiras; não respingava aos brancos, não era respondona: aturava o maior castigo sem dizer uma palavra mais áspera, sem fazer um gesto mais desabrido. Enquanto o chicote lhe cantava nas costas, ela gemia apenas e deixava que as lágrimas lhe corressem silenciosamente pelas faces.

Além disso — forte, rija para o trabalho. Poderia nesse tempo valer bem um conto de réis.

Vasconcelos a compara, todavia, muito em conta, "uma verdadeira pechincha!", porque o demônio da negra estava então que valia duas patacas; mas o senhor a metera em casa, dera-lhe algumas garrafadas de laranja-da-terra, e a preta em breve começou a deitar corpo e a endireitar, que era aquilo que se podia ver!

O médico, porém, não ia muito em que a deixassem amamentar o pequeno.

— Esta mulher tem reuma no sangue, dizia ele — e o menino pode vir a sofrer para o futuro.

Vasconcelos sacudiu os ombros e não quis outra ama.

— O doutor que se deixasse de partes!

A negra tomou muita afeição à cria. Desvelava por ela noites consecutivas e, tão carinhosa, tão solícita se mostrou, que o senhor, quando o filho deixou a mama, consentiu