Ângela abraçou o filho, chorando de comovida.

— Que lhe disse eu?... resmungou delicadamente Silveira ao ouvido dela. — Este menino promete! Dêem-lhe asas e hão de ver... dêem-lhe asas!...

Amâncio foi coberto de ovações. Batiam-se no copo, faziam-lhe saúdes. Ele a todos respondia, rindo e bebendo.

Daí a uma hora recolheram-no à cama da mãe, porque lhe aparecera uma aflição na boca do estômago; mas vomitou logo e adormeceu depois, completamente aliviado.

Foi a sua primeira bebedeira.



Aos quatorze anos prestou exame de francês e geografia e matriculou-se na aulas de gramática geral e inglês.

Já eram válidos felizmente, os exames do Liceu do Maranhão, e com as cartas que daí houvesse, podia entrar nas academias da Corte.

Amâncio, depois da escola do Pires, nunca mais voltou a passar férias na fazenda da avó. Preferia ficar na cidade: tinha namoros, gostava loucamente de dançar, já fumava e já fazia pândegas grossas com os colegas do Liceu.

Como o pai não lhe dava liberdade, nem dinheiro, e como exigia que ele às nove horas da noite se recolhesse à casa, Amâncio arranjava com a mãe os cobres que podia e, quando a família já estava dormindo, evadia-se pelos fundos do quintal. Era Sabino quem lhe abria e fechava o portão.

O moleque gostava muito dessas patuscadas. O senhor-moço levava-o às vezes em sua companhia. Amigos esperavam por eles lá fora, reuniam-se; tinham um