— Ah! exclamou Amâncio, soltando uma risada — o Dominguinhos?

— Isso! isso! Dominguinhos justamente! Que fim levou?

— Não sei, não! Creio que seguiu para Manaus com a família. Um bobo! Lembra-se da troça que lhe fizemos no convento?...

E os dois riram-se muito com a mesma idéia.

Simões, que até aí parecia pouco disposto à pândega, foi-se animando na proporção das garrafas que se enxugavam. O almoço aquecia. João Coqueiro propôs um brinde a Amâncio e declarou, depois de lhe fazer muitos elogios, que folgaria imenso em ser recebido no rol de seus amigos.

Amâncio abraçou-o e prometeu que o iria visitar no primeiro domingo.

— Vá feito! sustentou Coqueiro. Ali não há cerimônia, minha família é muito despida dessas coisas.

— Ah! mora com a família? interrogou o provinciano.

— Sou casado, respondeu o outro. — Isso, porém, nada quer dizer. Apareça.

Ficou decidido que Amâncio iria sem falta no próximo domingo.

Simões principiou então a falar sobre casamento; daí passou às mulheres: descreveu a sua indiferença por elas. Só lhe conhecia dois gêneros: "a mulher cínica e a mulher hipócrita."

Paiva Rocha protestava: — Havia muita mulher honesta, verdadeiros anjos de virtude! E que deixassem lá falar! em certas ocasiões uma boa rapariga tinha o seu cabimento! Sim! Quem não gostava da estética?...

Amâncio era da mesma opinião, e queixou-se de sua infelicidade no Rio a esse respeito.