— Aí tens o que procuravas! disse a mulher, correndo para junto do filho. — Assustar desse modo a pobre criança!

Janjão chorava mais.

— Isso! Isso é o que há de pôr pra diante! berrou Lourenço encolerizando-se. Beba já esse conhaque, menino!

— Deixa a criança!... suplicava a mãe. — Olha como treme o pobrezinho!... o coração parece que lhe quer saltar!...

E tomou-o ao colo.

— É melhor mesmo que leves daí esse mono! Tira-mo dos olhos! Já estou vendo a boa lesma que isso há de dar! — Mães ignorantes!...

Quando Janjão principiou a crescer, o pai levava-o a toda a parte, dava-lhe charutos, obrigava-o a tomar cerveja nos cafés. Foi, porém, uma campanha conseguir uma vez que o pequeno se assentasse por dois minutos na sela de um cavalo em que Lourenço havia chegado do seu passeio favorito a Botafogo.

Janjão, trêmulo da cabeça aos pés, agarrava-se com ambas as mãos nas crinas do animal e berrava pela mãe de toda a força de que era capaz. Tiveram de desmontá-lo para não o verem rebentar ali mesmo.

— Ora, como diabo havia de sair este mono! lamentava o pai desesperado. — Ninguém acreditaria que aquele choramingas era seu filho!

Não foram mais felizes com as primeiras tentativas de natação ou as primeiras experiências de atirar ao alvo: Janjão, só com a vista do mar ou a presença de um revólver, desatava a soluçar e a berrar pela mãe.

— Não! Isso agora hás de ter paciência! resmungava Lourenço. — Tu ao menos ficarás sabendo dar um tiro! Sou eu quem te assegura!