e de puro!... Desejava aquele enlace para licitamente poder aplicar todo o seu esforço, toda a sua coragem, todas as suas diligências, na conquista de um bom futuro para o esposo. Queria casar-se, porque entendia que isso se tornava necessário à felicidade de Coqueiro. Toda a sua vida, todos os seus recursos, dela, seriam empregados para o mesmo fim: — facultar ao marido os meios de estudar, os meios de crescer, desenvolver-se, luzir. Alcançasse ele um nome, uma posição brilhante, uma atitude gloriosa, e tudo o mais lhe seria indiferente. Que lhe importava o resto?... Se ela, porventura, fosse esquecida, fosse desprezada, se viesse mesmo a falecer dali a pouco tempo — que valia tudo isso, se o objeto de seus extremos era ditoso e vivia cercado de admiração e de aplauso?...

E Mme. Brizard, depois de falar na posteridade e depois de convencer ao Coqueiro de que aquele casamento era um dever sagrado, pois que não realizá-lo equivalia a privar o Brasil de uma de suas glórias futuras e ao século um de seus vultos talvez mais grandiosos, Mme. Brizard, depois disso, entrou nos pormenores de seu plano.

— Uma vez casados, ressuscitariam a antiga casa de pensão. Ela dispunha de algum dinheiro; o outro dispunha de um prédio: — era restaurá-lo e dar começo à vida! Coqueiro abandonaria o emprego e voltava de novo aos estudos; ela encarregava-se da gerência da casa e, nesse ponto, deixando de parte a modéstia, supunha-se mais habilitada que ninguém.

Até já tinha projetos, já tinha as suas idéias sobre a instalação da casa!... Sentia-se disposta a trabalhar por vinte!... Coqueiro havia de ver! Seu estabelecimento seria uma casa de pensão modelo! Coisa para dar "uma fortuna e render à Amelinha um bom casamento. —