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82. Quando se diz de alguma coiza, que ella está privada dequalquer effectividade, he nos casos, em que nella não existe o que nella por sua natureza devia existir, ao menos no momento de que se trata (78).

83. Mas estar privado, e ter a effectividade, não he o mesmo que a privação, e a effectividade (79).

84. Quanto á opposição entre o estar privado e o ter effectividade, parece ser a mesma que entre a privação e a effectividade; por isso que o modo da opposição he identico (80).

85. Pela mesma razão as coizas sobre que recahe a affirmação ou a negação, não são affirmação nem negação (81).

86. Que a privação e a effectividade não são entre si oppostos como relativos, he evidente; pois que de nenhuma dellas se diz que o que ella he, o he da sua opposta (82).

87. Do que fica dito se vê tambem, que a privação e effectividade não são entre si oppostas como os contrarios; (83). Seguindo-se de quanto fica dito, que nem podem pertencer aos contrarios que admittem termo medio, nem a aquelles que o não admittem (84).

88. As coizas que são entre si oppostas, como affirmação e negação, he evidente que o não podem ser por nenhum dos referidos modos; porque nellas somente se verifica que de necessidade huma ha de ser verdadeira, e a outra falsa: entretanto que nem nos contrarios, nem nos relativos, nem na privação e effectividade se verifica, que