silenciosa, O seu rosto estava pálido, da cor da alva camisola rendada que lhe cobria o corpo e que o arfar agitado dos seios soerguia a trechos.
Sentada no chão, a velha Margarida embalava de mansinho a rede e falava baixinho baixinho, para que ninguém ouvisse senão a sua querida filha. Esta, porém, só na ânsia que o cabeção rendado revelava mostrava estar ouvindo:
A mãe preta dizia:
- E mesmo perto da Prainha, e na beira do Lago da Francesa... é uma tapuia velha, muito afamada...
Parou, para tomar do cachimbo, enchê-lo de tabaco, e Continuou. A sua VOZ quase parecia um sopro. Mariquinha, imóvel, permanecia em silêncio:
- E um tajá... é remédio que não falha. Basta uma dose de colherinha de chá.
Ergueu-se a mãe preta. Foi acender o cachimbo à lamparina e, no aspirar a fumaça do cheiroso tabaco, apagou a luz. Disse com um gesto de impaciência:
- Ora bom. Se apagou a luz. Mas não faz mal, já está amanhecendo.