Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/312

çóes, fe leixou algum tanto repoufar deíle íervor que trazia. Não porém que leixaíTem os navios ordinários de fazerem íuas viagens, té que aprouve a Deos de o levar pêra íi, e lhe fuccedeo no Reyno o Duque de Béja D.Manuel leu primo, que (como veremos ) no fegundo anno de íeu reinado confeguio na primeira viagem, a eíperança de ferenta e íinco annos, em que léus antecefibres tinham trabalhado. Parece que afíi o ordena aquella Divina Prudência, que huns prantem, e outros colhao o frufto da planta. E que iílo vejamos- algumas vezes, não temos licença pcra julgar eíles juizos de Deos, fomente podemos crer que ninguém perde o mérito de fuás boas obras, aqui per fama, e na outra vida per gloria. Por tanto pois lhe a elle aprouve que não per officio, mas per indign<.ção, não por premio, mas de graça, e mais oírerecido que convidado, eu tomaíTe cuidado de efcrever as coufas que paíTáram neíle defcubrim. ento, e conquiíla do Oriente: não permittirá que eu perca algum premio, fe defte trabalho o poíTo ter, trocando, ou negando os méritos de cada hum. A qual fé, e verdade guardando nós ao que ElRey D. João fez em todo o decurfo de fua vida acerca deíle decubrimiCnto, pofto que particularmente atrás fica efcrito aqui em

fcm-