Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/313

fomma queremos notar três coufas, que!h eíte Reyno deve: huma trata de louvor de Deos, outra da gloria, e honra da Coroa Real, e outra do acere fcentamento do feu património. Quanto ao louvor de Deos, que maior pode haver na fua!greja, que per induílria deíle Príncipe, no mais remoto lugar da terra, e na gente mais çafára do nome de Chriíto, onde podemos crer que não chegou a pregação dos Apoílolos, hoje em Sé Cathedral eílarem Altares cheios de oblações, e facrificios, oíFerecidos a el-′ le mefmo Deos em nome de Chriílo JeftisnoíTa redempção, e feu Filho. O qual Chriíto Jefus crê, adora, e confeíTa hum Rey bárbaro per fangue, e Catholico per fé, com tão grande povo como tem o Revno de Congo, que havendo feíTenta annos que efiá mettido na!greja de Deos per Fé, e Baptifmo, em todo eíle tempo fempre foi em accrefcentamento do que profelTa, com termos delle Bifpos, Sacerdotes, Theologos, e Miniftros da publicação Evangélica. A fegunda coufa que leixou a eíte Reyno, que trata da honra, e gloria da fua Coroa, são duas fortalezas: huma em Arguim acabada per fua induílria peró que foíFe começada em vida delRey D. Afonfo feu Padre; e a outra a de S. Jorge da Mina, no meio da grande região da Ethiopia. Por ra- zão