Página:Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto v01.djvu/477

niorij, que mandaíTe hum recado a clle Aires Corrêa fobre eíte Elefante, dizendo quanto contentamento teria de o haver. Aires Corrêa, porque eíle Mouro defejava de fe metter com elle, e fentia que as paixões d′antre clle, e Coge Bequij era grande parte favorecer mais ao outro que a elle, creo verdadeiramente que deícubrir-lhe a vinda deíla náo tirava a duas couías, a fe vingar dos mercadores de Meca, com que tinha paixões, e a fe congraçar com elle pcra fazer feus negócios, e com o Camorij por caufa do Elefante. Do qual cafo foi logo dar conta a Pedralvares, dande-lhe avifo que o guardaffe em fegredo té o dia que o Mouro dizia que a náo feria alli. Pedralvares por as razões que lhe Aires Corrêa deo, bem lhe pareceo que o Mouro tirava aquelIcs dous fns, a íe vingar de feus imigos, e a lhe darem por eíle avifo alguma ccufa, e mais haver m.ercê do Camorij, tcmando-fe o Elefante, coufa que elle tanto defejava y do qual Çam.orij fobre o mefmo Elefante teve outro recado, que fez acreditar miais as palavras de Coge Cemecerij. Vindo eíle dia, em. que fe a náo efperava, mandou Pedralvares ter vigia no mar, parecendo-lhe que fe ella foubeíTe eftarcm alli, per ventura paíTaria tanto ao mar da noíTa Armada, que nao foíTe vifta. Mas co- mo