exportadora de fazendas de algodão desde o decimo terceiro.
Os mouros não somente introduziram a cultura d'essa util planta, como ensinaram os meios de fabricar os seus diversos productos entre os quaes o do papel de algodão, cuja fabricaçã o elles haviam aprendido em Samarcanda na setimo seculo.
No decimo quarto já se fabricavam tecidos de algodão na Itlia, e pensa-se que foi na mesma epocha que os turcos importaram essa arte na Albania e na Macedonia.
Veneza e Milão exerceram essa industria e foram celebres pela fabricação de fazendas mui solidas com o algodão importado da Syria e da Asia Menor.
Um pouco mais tarde a industria da fabricação dos tecidos do algodão se introduzio na Belgica, que em breve se tornou o emporio d'essa industria e manteve durante quasi tres seculos a supremacia commercial.
No começo do decimo quarto seculo os venezianos e os genovezes levaram para Inglaterra alguns fardos de algodão, cujo unico emprego no principio foi o de fazer tecidos. Em 1430 alguns tecelões dos condados de Chester e de Lancaster começaram a fabricar fustões á imitação dos de Flandres e de Bristol e comearam a importar algodão do Levante.
Henrique VIII e Eduardo VI favoreceram essa industria, e no meado do decimo setimo seculo havia em todas as parochias teares de algodão afim de occuparem os agricultores durante o inverno.
No reinado de George III, a industria do algodão já occupava quarenta mil pessoas e produzia quinze milhões de crusados.
A fabricação dos tecidos de algodão sempre altamente favorecida pelo governo, e sempre em progressivo aperfeiçoamento, e que apresentava em 1701 uma exportação de fazendas apenas no valor de pouco mais ou menos milhão e meio, tres annos depois elevada a mais de cinco milhões, subio em 1833 a quasi 500 milhões e occupava os braços de perto de dois milhões de individuos.
Em 1786 os Estados Unidos receberam pela primeira vez e cultivaram na Gergia o algodoeiro de Bahama de longas sedas, a que deram o nome de algodoeiro de ilhas (Sea Island.)
A nova planta prosperou de tal modo em diversos estados da União Americana que de 170,600 libras exportadas para Inglaterra em 1791, se elevou em 1839 a 300 milhões de libras. Os tecidos de algodão fabricados nos Estados da União produziram em 1833 mais de doze milhões de cruzados.
Tem-se feito muitos ensaios na Europa para introduzir a cultura do algodão, mas, si exceptuarmos a Hespanha e a Sicilia, esses ensaios no surtiram effeito, pelo menos em ponto grande.
Não aconteceu o mesmo com a fabricação dos tecidos de algodão, porque essa industria é commum, e mais ou menos prospéra em todas as nações do velho mundo.
A França é o segundo paiz da Europa na ordem da produco do algodão.
Ena 1668 Marseille importou do Levante 400,000 libras de algodão em rama, e 1,400,000 libras de algodão fiado. Em 1750 a importação foi sete vezes maior. Muitas cidades são manufactureiras de tecidos de algodão; suas fabricas occupam de 800 a 900,000 pessoas, subindo o seu valor a mais de 170,000 milhões de francos.
A industria do algodo hoje se pratica em todas as nações européas, principalmente na Belgica, Suissa Allemanha e Inglaterra.
Os botanicos consideram os diversos algodoeiros, cultivados ou silvestres, como simples variedades de pequeno numero de espcies; nem todos estão porém de accordo quanto ao numero certo das espcies.
Assim Linneo menciona 5 espcies. Lamarck 8; de Candolle 13; ao passo que Rohr admitte 29, e o Dr. Royle só-