— Ande lá! O senhor o fez de propósito, e agora quer negar!

Não lhe dei resposta.


VI


Esperei com impaciência a próxima quinta-feira. Estava resolvido a explicar-me com Emília.

Durante o princípio da noite, conservei-me sentado na varanda; mas via, por um espelho fronteiro à porta, D. Leocádia e a sobrinha em seu lugar do costume, a um canto do salão. Depois do chá realizou-se o que eu esperava; ficou vaga uma cadeira entre ambas; ocupei-a logo.

Emília estremeceu; voltou-se toda para falar a outra moça, que lhe ficava à esquerda; senti que sua cadeira se afastava da minha por um movimento imperceptível.

— D. Emília! disse de modo que me atendesse.

Ela olhou-me.

— Desejo fazer-lhe um pedido.

Não me respondeu; mas uma ligeira inflexão do rosto parecia indicar-me que se dispunha a ouvir

— Diga-me, D. Emília, se alguma vez involuntariamente a ofendi, para que lhe suplique meu perdão?... Mas creio antes que tive