366 DOM JOAO VI NO BRAZIL

tas seccas, chapeos, algodoes, sapatos, polvora ( I ) , cordame, etc. ; da India e China, directamente, porcelanas, musselinas, sedas, cha, canella, camphora, etc. ; do Reino Unido, f azen- das, metaes, generos alimenticios e mesmo vinhos hespanhoes por via de Gibraltar; da Franga/artigos de luxo, quinquilhe- rias, moveis, livros e gravuras, sedas, manteiga, licores, velas, drogas; da Hollanda, cerveja, vidros, linho e genebra; da Austria, que commercialmente abrangia o norte da Italia e o sul da Allemanha, relogios, pianos, fazendas de linho e seda, velludos, ferragens, productos chimicos; do resto da Allemanha, vidros da Bohemia, brinquedos de Nuremberg, utensilios de ferro e latao; da Russia e Suecia, utensrlios de ferro, aco e cobre, couro, alcatrao, breu, vigas; da Costa d Africa, isto e, tan to de Angola como de Mozambique, negros (20.000 no anno de 1817), ouro em po, marfirn, pimenta, ebano, cera - -de que as egrejas consumiam carregamentos azeite de dende, gomma arabica; de Cabo Verde, sal e enxofre.

Para as colonias africanas e asiaticas de Portugal, o Rio de Janeiro representou durante o reinado americano de Dom Joao VI o que antes representava Lisboa. O commercio portuguez com a India e China localizou-se na praga do Rio, de onde se faziam as reexporta^oes para Lisboa e outros pon- tos europeus, e tambem para o resto da America, pois que, por causa das difficuldades da situagao politica no Prata, o proprio trafico para Buenos Ayres e Montevideo se operou algum tempo pela capital brazileira.

��(1) No aimo mesmo da chegada da familia real fvmdou-se BO Rio a frbrica de polvora dirigida pelo brigadeiro e inspector de arti- Iheria Napion, Piemontoz muito versa do em inetallurgia, que ja em Lisboa se oecwpara do fabrico do explosivos e riera para Portugal na companhia de D. Rodrigo de Souza Coutinlio quaudo findou a mis- stio d este diplomats em Turim.

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