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��DOM JOAO VI NO BRAZIL
��tencias na questao, e proseguiram pelo outro os plenipoten- ciarios portuguezes, que desejavam que a commissao do Con- gresso a que fosse affecto o negocfo da escravatura ficasse exclusivamente composta de potencias coloniaes e portanto interessadas n elle, em informal dos pormenores do assumpto os soberanos presentes eomo o Czar, junto ao qual estava em missao na capital austriaca o marquez de Marialva ou os seus representantes acreditados.
Entrara-se pois no trabalho surdo, genuinamente diplo- matico, cujas condigoes se iam muito breve aggravar, com a chegada a Vienna no dia 8 de Janeiro de 1815 do expresso portador do despacho do marquez de Aguiar (que entre a morte de Galveas e a chamada de Barca gerio a pasta de estrangeiros) noticiando em data de 17 de Outubro a recusa de ratificacao do tratado de Pariz. Com semelhante recusa, por mais justificada que fosse, e de seguro o era, renovavam- se para os plenipotenciarios portuguezes ate as primeiras dif- ficuldades, correndo o risco de serem excluidos da commis sao preparatoria pelo facto de deixar Portugal de constituir uma das partes signatarias do accordo geral, circumstancia que fornecera a base proposta e preconisada pelo proprio Palmella com razoes que Talleyrand qualificava de fortes e bem deduzi das. ( I )
Querendo obviar de antemao ao contratempo, que alias nao occorreu, nunca pretendendo os outros representantes impor esse dezar aos portuguezes, procurou Palmella imme- diatamente a Talleyrand, nao so porque Ihe dizia directa- mente respeito o incidente, como porque ja o astuto diplo- mata estava Jntellectualmente dominando a reuniao, apoian- do-se sobre as potencias de segunda ordem para hostilizar as
��(1) Menioircs <lu I riace de Talleyrand, Toiuo II.
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