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ECHOS

São dous negros, gentis diamantes,
Que das mãos do Eterno sahiram,
E que, os ares rompendo ligeiros,
Sobre nivea açucena cahiram.

Sobre ella mais negros parecem,
Que madeixas de grêga formosa,
E si a grêga avistára teus ólhos,
De avistal-os gemera ciosa;

Que teus ólhos tão bellos, tão pretos,
Em teu rosto brilhando incendidos,
São dous negros, gentis diamantes,
Pelo astro do dia feridos.

São mais negros que as trévas, que cercam
Tristes dias do cégo, aziagos;
Mais brilhantes que a nitida estrella,
Que serviu de pharol aos tres Magos.

II.

Assim como 'n um mar procelloso,
Fragil barca, do vento á mercê,