E assim, nesse doce colóquio, um mês deslizou sereno.

Tanto eu me absorvera em Maya que só depois de tão longo prazo notei que quatro vezes Arhat deixara de receber-me, nem até se comunicara comigo. Quatro semanas sem vê-lo, as primeiras desde a minha mais tenra infância!

Ainda que me não tolhessem a liberdade, que ele me concedera no dia festivo em que me anunciou, com alegria paternal, que eu completara quinze anos, podendo andar livre no parque e em todas as dependências do solar que me fossem franqueadas pelos que me serviam, senti-me em desconforto e em cativeiro sem a presença consoladora e afável daquele amigo.

Falei a Maya pedindo a explicação daquele esquecimento que me ofendia e magoava como um ingrato abandono.

Ela não respondeu. Insisti afagando-a. Fez um gesto com a mão mostrando o espaço, o além! Como a significar que ele partira. E foi quanto pude tirar do seu discreto silêncio.