aberta em fúlgido flabelo, pavões jaziam imóveis à beira do lago onde airosos cisnes alvos, palmilhando as águas lentamente, deslizavam serenos como se os levasse a brisa.

Faisões alavam-se de ramo a ramo com um lampejo das penas iriadas; e daqui, dali, dalhures cruzando o voo, eram aves, cuja plumagem varia coruscava, borboletas, abelhas, todos os seres alados gozando a luz, sob a poeira vivida do sol, como num batismo ardente de fecundidade.

Arhat caminhava abstraído, o olhar em arroubo. A espaços, aspirava o lírio a sorvos sôfregos e longos.

Ainda que seguíssemos por um caminho areado, donde os meus passos tiravam crepitações, o andar do Mestre era silencioso e um momento como ficássemos ombro a ombro, não lhe senti o corpo, mas um brando, agradável calor como de raio de sol a que me chegasse; sombra, só uma, fronteira a mim, enegrecia a terra; do lado de Arhat, precedendo-o, luzia uma claridade e