esbugalhando os olhos que espirravam áscuas, pôs-se a esmurrar o peito com um som cavo, oferecendo-o às lanças e à metralha dos biltres que ousavam afrontar a Pátria.

— Se houver guerra deixo tudo e alisto-me. Não, que o meu patriotismo não é de boca...

— É de chapa, contraveio brejeiramente Basílio, com as belfas a tremerem de riso. Pericles engasgou cravando os olhos fuzilantes no guarda-livros, cuja face gorda e balofa inchava tufada de ironia.

— Olhe, meu amigo, durante a revolta passei muita noite nas linhas do Caju, de arma em punho. Não sou dos que se metem ao mato quando sentem o cheiro da pólvora. Prosa não é comigo. Se houver guerra... Marcho!

— Ora deixe-se disso, contrariou o comendador amuado. E espichando-se nas pontas dos pés, com o busto em recacho, inquiriu: Guerra com quem? Por quê?

— Com quem? Pois o senhor ainda pergunta?