luziam punhais; percorríamos uma extensa claustra em arcarias de mármore rendilhado e ganhávamos o parque.

Dorka, que nos esperava em baixo, acompanhava-nos à distância.

Oh! A delícia daquelas horas ligeiras livre, em pleno ar, ao sol. Eu corria pelos relvedos côncavos, balouçava-me na redouça, entre os galhos cheios de ninhos ou metia-me em um barco e docemente, por entre cisnes e nenufares, cruzava o lago tranquilo, sob a vigilância do olhar atento da governante que soltava um grito gutural, sustando a redouça se a via lançada com violência, chamava-me à margem se eu, brincando, fazia oscilar o barco ou perseguia-me com ligeireza de gazela, quando me via longe, nas sombras densas das cavalheiras onde se juntavam os cervos.

Que idade teria eu então? Sete anos, não mais.

O meu desejo de conhecer a vida recrudescia. À noite, sentindo Dorka a meu lado, em vigília, punha-me a recordar as palavras