dos meus professores, todas as noções que pouco a pouco, eles me iam filtrando na alma e imaginava o mundo imenso que me atraia com os seus mares, com os seus impérios ricos e populosos, com a vida intensa das suas cidades, com o suntuoso rito das suas religiões. Aqui, virente e em flor à luz quente e pródiga do sol; ali, estéril, silencioso, amor-talhado em neve. Num ponto, viçoso e abastado lourejando em campos de seara, com a alegria tranquila do canto dos segadores: em contraste, a guerra tumultuosa ensanguentando, arrasando o ponto oposto.

E a mim mesmo eu perguntava: “Que serão as guerras? Que serão as searas?”.

E invejava o miserável que não dispõe de um teto palhiço para agasalhar-se no inverno, que não acha uma codea de pão para iludir a fome, que não encontra um farrapo de lã para forrar-se e, lançado nos valos dos caminhos, tirita e morre, mais desprezível do que um animal.

A vida, a verdadeira vida além daqueles muros vetustos, daquele silêncio funéreo, daquelas