olhos azuis de uma, os olhos negros da outra tinham tanta vida, era tão meigo o sorriso de ambas, tão sadia a cor das faces e foi tão gracioso o gesto com que me saudaram inclinando-se, os braços em cruz ao peito, que não me ficou dúvida no espírito sobre a sua natureza.

A de olhos azuis trazia os cabelos louros numa trança larga e frouxa, enastrada em fios de turquesa, um corpete de púrpura alto sobre o colo em botão, saia curta, de seda, e os pés esguios em papuzes de bico alçado.

Armilas de ouro cingiam-lhe os artelhos e nos braços roliços enroscavam-se braceletes dos quais pendiam, tinindo, símbolos e amuletos. Maya era o seu nome.

A de olhos negros, um guapo moço, senhoril e forte, vestia calções folgados, jaleco sobre camisa fofa, cinta, e calçava botas de camurça afiveladas de prata e à cabeça, gentilmente inclinado, deixando rolar sobre a fronte em cacho de azeviche, um gorro, espécie de fez tendo ao lado, presa em roseta