188
ESPUMAS FLUCTUANTES


Era que a tribu das aves peregrinas,

Os Zíngaros do céo formam-se em bando!

Viajar! viajar! A briza morna

Traz de oulro clima os cheiros provocantes.

A primavera desafia as azas,

Voam os passarinhos e os amantes!...

II

Um dia Elles chegaram. Sobre a estrada
Abriram á tardinha as persianas;
E mais festiva a habitação sorria
Sob os festoes das tremulas lianas.

Quem eram? Donde vinham? — Pouco importa
Quem fossem da casinha os habitantes.
— São noivos: — as mulheres murmuravam!
E os pássaros diziam: — São amantes!

Eram vozes — que uniam-se co′as bri/.as!
Eram risos — que aDnam-se co′as flores!
Eram mais deus clarões — na primavera!
Na festa universal — mais dous amores!

Astros! Fallaedaquelles olhos brandos.
Trepadeiras! Fallan-lhe dos cabellosi
Ninhos d′aves! dizei, naquelle seio,
Como era doce um pipilar d′anhelo3.