Adeus! Na folha rota de meu fado
Traço ainda um — adeus — ao meu passado.
Um adeus! E depois morra no olvido
Minha historia de luto e de martyrio,
As horas que eu vaguei, louco, perdido,
Das cidades no tétrico delirio;
Onde em pântano turvo, apodrecido,
D′intimas flores não rebenta um lyrio...
E no drama das noites do prostibulo
É martyr — alma... a saturnal — patíbulo!
Onde o Génio succumbena asphyxia
Em meio á turba alvar e zombadora;
Onde Musset suicida-se na orgia,
E Chatterton na fome aterradora!
Onde, á luz de uma lâmpada sombria,
O Anjo — da — Guarda ajoelhado chora,
Emquanto a cortezan lhe apanha os prantos
P′ra realce dos lúbricos encantos!...
Abre-rae o seio, ó Madre Natureza í
Regaços da floresta americana,
Acalenta-me a mádida tristeza
Queda vaga das turbas espadana.
Troca desfalma a fria morbideza
Nessa ubérrima seiva soberana!...
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