ESPUMAS FLUCTUANTES
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Sacudi as frias tampas!
Vinde a Patria abençoar!...

Erguei-vos, santos fantasmas!
Vós não tendes que corar...
(Porque eu sei que o filho torpe
Faz o morto soluçar...)
Gemem as sombras dos Gracchos,
Dos Catões, dos Spartacos,
Vendo seus filhos tão vis...
Dize-o tu, soberbo Mario!
Tu, que ensopas o sudario
Vendo Roma — meretriz!...

Al! Que lagrimas candentes
Choram orbitas sem luz!
Que idéa terá Leonidas
Vendo Sparta nos paúes?!...
Alta noite, quando pena
Sobre Arcole, sobre Iena,
Bonaparte — o rei dos reis,
Que dôr d′alma lhe rebenta.
Ao ver su′aguia sangrenta
No sabre de Juarez?!...

Porém aqui não ha grito,
Nem pranto, nem ai, nem dôr...
O presente não desmente
Do seu ninho de condor...