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ESPUMAS FLUCTUANTES

Que este vaso, onde o espirito brilhava,
Vá nos outros o espirito accender.
Ai! Quando um craneo já não tem mais cerebro,
            Podeis de vinho o encher!

Bebe, emquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Póde do abraço te livrar da terra,
E ebria folgando profanar teus ossos.

E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dôr ahi repousar?
É bom, fugindo á podridão do lodo,
Servir na morte emfim p′ra alguma cousa!...

Bahia, 15 de Dezembro de 1869.