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O leitor por certo pensará, que vai ter lugar um terrível duelo; que Eduardo ardendo em cólera e ciúmes desaten­de às ordens de sua mãe, espera que esta esteja adormecida, salta pela janela, e com uma pistola na mão e um punhal no seio introduz-se misteriosamente na sala, onde se festejam as bodas da formosa Lucinda, como o cavalheiro negro da Noite do Castelo, e aí prega uma bala na cabeça do feliz rival, ou pelo menos o esbofeteia em pleno baile, arranca da cabeça da noiva a grinalda nupcial e a calca aos pés rugindo. Depois de ter feito tudo isto, sem que os assistentes, imóveis de assom­bro, ousassem opor-lhe o menor embaraço, desaparece, esvai­-se como um fantasma. Isto seria por certo mais dramático, e talvez mesmo sublime. Mas eu conto uma história, e não invento um conto; quero