examinou a com mais atenção. Estava morta !
Tão tênue era o fio, que prendia à vida aquela débil e mimosa criatura, que não pôde resistir àquela última emoção.
Morreu nos braços da felicidade, com o sorriso nos lábios e o prazer no coração.
Dir-se-ia, que não foi a morte com o seu sopro sinistro que extinguiu aquela existência; mas que um anjo de Deus, baixando sobre o frágil e formoso corpo de Paulina, veio sorrindo cerrar-lhe as pálpebras, e sorvendo-lhe a alma num beijo, a conduziu para o céu.
Algumas horas depois dois pretos conduzindo um cadáver ensangüentado em uma rede chegavam à casa de Joaquim Ribeiro.
Era o cadáver do infeliz Roberto, que levavam a sepultar no cemitério de Uberaba.
O padre, porém, não consentiu que dessem aquela caminhada inútil, fazendo-lhes ver que o pároco da Uberaba por modo nenhum podia consentir, que se enterrase em lugar sagrado o cadáver do suicida.
Foi sepultado a meia légua de distância da fazenda, junto a um capão à beira da estrada.
O padre não quis benzer o lugar da cova, nem rezar sobre o cadáver as orações dos finados.
Mas o povo, que compreende melhor a infinita misericórdia