– Espera, Baguari! – dizia ela arquejando de susto: – Não me faças mal; eu me entrego... mas larga-me.
– Não; tu queres enganar-me; mas é escusado; desta vez não me escaparás.
– Não quero te enganar, não, Baguari. Vamos onde está minha mãe... ela me entregará a ti, e eu te juro que não hei de pôr dúvida nenhuma em ser tua.
– Por Tupã!... nesse laço não caio eu, minha formosa garça do Paraná. Já agora não sairás mais dos meus braços, quer tu e tua mãe queiram, quer não queiram.
– Pois bem, Baguari; sou tua; não te fugirei mais;... mas larga-me... tu assim me sufocas... ai...
Falando assim e debatendo-se Jupira procurava ganhar tempo a ver se seus companheiros dando por falta dela vinham em seu socorro, ou a excogitar algum ardil para arrancar-se dos braços do seu brutal amante. Melhor porém do que ela esperava, veio o destino ou o céu em seu auxílio. Pisada pelo índio uma enorme jararaca que dormia em uma moita de capim quase debaixo de seus pés, salta enfurecida, e enrosca-se-lhe nas pernas. O índio dá um grito de horror, sacode vigorosamente a perna, e